Toda ideia precisa de um inicio.
Bem, para abrir um site e voltar a escrever em um blog tive que pensar bastante em como fazer isso, já que recentemente meu tempo anda escasso. Acabei decidindo arranjar um local onde eu colocasse toda minha mente para fora nos momentos mais oportunos do dia, seja para aliviar o estresse ou pra alguém ser afetado positivamente de alguma forma pelos meus textos.
Por ser o primeiro, mais gostaria de refletir sobre a capacidade de subestimarmos nós mesmos. Não me entendo mal, não estou vindo aqui com papo treinador passando a fórmula secreta do destravar mental, risos, mas na verdade pensar sobre os motivos que fazem nossa mente trabalhar de forma negativa. Escolhi esse tema por causa do mês que estamos, sempre nessa época do ano me cerco de pensamentos em relação a esses assuntos.
Dentro do ensino médio conheci diversas pessoas inseguras, seja com o corpo ou com sua própria capacidade intelectual, tipo, as pessoas regularmente se autodepreciavam por causa das notas escolares, que diga-se de passagem, era o terror iminente. Essas pessoas, por falta de bons exemplos, acabaram fazendo uma famosa tempestade em copo d'água, pegando pequenos detalhes de suas vidas e se transformando em um “suicídio mental”, que de certa forma, ajudaram-nas a se enturmarem dentro dos círculos de salas de aula . Tais círculos, apelido de sociedade autodepreciativa, algo comum em nosso século.
As ditas sociedades depreciativas atingem pontos, pois essa cultura enraizada nos jovens atuais o atrapalham diariamente nas suas redes de amizades e nos seus objetivos, sejam vários eles escolares ou profissionais.
Um exemplo recente que tive, foi numa entrevista de emprego, neste dia eu fiquei bastante aliviado por essa oportunidade ter aparecido, pois eu queria muito iniciar novamente num ramo administrativo. Na entrevista, eu notei repetidamente gestos e falas de pessoas com uma timidez notória vinda dos participantes, mesmo que na aparência e repertório eram pessoas razoáveis para lidar com as perguntas feitas, porém o calor do momento as pessoas fizeram com dificuldade de se apresentar para o possível novo emprego. Essas pessoas eram jovens, passaram pelo ensino médio a pouco tempo, logo notei que se tratavam do próximo passo daquelas mesmas pessoas que tinham vergonha de si por não alcançarem aquelas notas devidas. A sociedade autodepreciativa trabalha diariamente para sentir vergonha de nós mesmos pelos erros, fazendo uma bolha de pessoas com dificuldades que antes de buscar seus pontos fortes e melhorar os fracos, acaba cedendo para outras pessoas com o mesmo problema e formando assim, um looping de depressão.
Esse looping me preocupa sinceramente, pois essas mesmas pessoas futuramente por consequência do tempo, irão ter filhos e trabalhar ativamente para a sociedade em diversas cargas, tendo uma importância crucial no futuro da humanidade. Essa cultura, além de nociva no mental e nas relações de convívio, provavelmente trará pessoas a falência, pois quem odeia a si mesmo por que se abriria a novos temas? por que fazer entrevistas se fracassará por timidez? pra que viver se ninguém presta atenção nelas?
São pensamentos como os citados acima que levam pessoas boas e promessas a destruição total, pois por se alimentarem de circos de depredação acabam formando um algoz de si próprio, fazendo com que as coisas boas da vida percam valores e suas qualidades se tornem escondidas.
Tenho certeza de que você leitor, conhece uma história de algum amigo que por inseguranças acabou um relacionamento amoroso promissor, ou algum colega de trabalho que por ser tímido perdeu chances de crescer dentro da empresa, entre outros. São histórias comuns assim que acabam tendo consequências negativas do que os fatos em si de suas falhas. Quando tive contato com histórias semelhantes tive enorme dificuldade de conseguir conciliar meus pensamentos e ajudar a pessoa sair disso, pois como reafirmei algumas vezes no texto, essa prisão causa certa zona de conforto, logo qualquer tentativa de alguém de fora ajudar, acaba sendo uma ameaça a sua forma de viver e lidar com as dificuldades. Acredito que a melhor forma de ajudar seja conectar essa pessoa pelos hobbies dela, é termos comuns mais auto estima quando conversamos sobre coisas que sabemos e queremos conversar, logo pode ser uma ferramenta para furar a bolha e aos poucos que sabem, levar essa pessoa para um caminho de autoconhecimento e valorização de si mesmo.
Finalizo por aqui o texto, espero que de alguma forma tenha transmitido uma reflexão interessante, e também espero que consiga de alguma forma lutar contra os problemas que citei e ajudar alguém que passa por essa situação. Não tenho conhecimento aprofundado do assunto, então se alguém com mais aprofundamentos em temas psicológicos quiser conversar ou agregar, sinta-se a vontade.
Obrigado pela leitura. Até a próxima.