terça-feira, 17 de dezembro de 2024

A crise do debate público.

Imagem criada por IA.

Faz um tempo que não escrevo por aqui, mas como diz o ditado: "quem está vivo sempre aparece".

 Nesse período, após uma reflexão, me questionei sobre o porquê dos problemas do Brasil serem tão mal debatidos. Não há, no "povão", um debate sério por um país melhor; há apenas emocionados e torcidas de "times ideológicos" (como apontei no texto anterior).

Todos testemunharam o que a internet se tornou algumas semanas atrás com a proposta da PEC 6x1, apresentada por Erika Hilton. Em poucas horas, uma discussão se transformou em mais um duelo polarizado: de um lado, a "esquerda boazinha", e, do outro, a "direita malvadona", debatendo sobre a realidade do trabalhador brasileiro e sua escala. Logo, a PEC virou tema de consideráveis ​​debates na televisão, aulas, artigos e até roteiros de youtubers. Não irei entrar exatamente nos méritos da PEC, pois ela já foi destrinchada no excelente debate entre Arthur do Val e Alfredinho, que foram apresentados de forma clara como os deputados votaram mais pelo populismo do que pela seriedade da proposta. Arthur foi pertinente em suas críticas ao sistema das leis trabalhistas no Brasil e em como o debate sobre esse tema precisa ser mais profundo.

Link abaixo:

https://www.youtube.com/live/sIrEfkeN1FM?si=kEb_honpwSEtmzjU

Deputada Erika Hilton, foto de Zeca Ribeiro.

Para uma PEC com um tema tão sério, não poderia ter sido elaborada em apenas uma página (sim, uma página), com erros claros de cálculo, sem um estudo aprofundado sobre o tema e sobre tudo o que impactaria a economia brasileira, desde os trabalhadores mais humildes e pequenos empresários até os grandes empresários e banqueiros do Brasil. A economia de um país bem ou mal afeta diretamente o preço de tudo o que compramos e influencia até ironicamente, nas escalas de trabalho e a renda média de um povo. Portanto, não pode ser tratada separadamente deste tema trabalhista.
Infelizmente, a própria relatora não se baseou em estudos de impacto, como revela no trecho abaixo.
https://youtu.be/FEKoAxS677o?si=uI3pRsZpggLCtBps

"Eis porque os burocratas fazem da economia um tabu. Eis o problema: o governo encorajou apenas os especialistas que limitam suas observações a um campo restrito, sem se preocupar com as consequências mais abrangentes de uma política."¹

Charge de Cazo, por Blog do AFTM.

A mídia ultimamente tem rotulado todos que procuraram maior cautela com a proposta como “os inimigos dos trabalhadores”. Claro, não nego que existam pessoas que desejam uma precarização ainda maior da CLT, mas não as levarei em consideração no texto, pois não fazem parte do debate sério que quero discutir.
Os economistas que abordaram o tema levantaram inúmeras questões sobre suas possíveis aplicações e procuraram, após analisar a longo prazo, identificar "o que não se vê" para entender a dinâmica envolvida.

"A diferença entre um mau e um bom economista é a seguinte: um se apega ao efeito visível; o outro leva em conta tanto o efeito que vemos quanto aqueles que devemos prever."²

O efeito mais prático dessas más políticas econômicas foi visto de forma bem impactante com o recente pacote de corte de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, como esperado, não tomou atitudes estimulantes e, na verdade, só prejudicou a moeda brasileira, resultando na alta do dólar, como exemplificado pela charge anterior.

Fernando Haddad e Lula, foto de Nelson Almeida.

Quando se trata de assuntos sérios, ironicamente, a massa se move apenas pelos jargões simples que cativam seu interesse. Isso é claramente um efeito da busca por soluções simples para problemas complexos, onde se apoia tudo o que é populista, sem refletir sobre os possíveis efeitos de suas decisões. 

Uma análise que podemos fazer sobre a situação das eleições de 2022 foi exatamente sobre o fanatismo, em que os dois líderes de espectros opostos levaram as pessoas às ruas não para discutir assuntos importantes, mas para debater quais líderes eram mais interessantes com suas pautas sem lógica de aplicação. Um dos jargões mais utilizados pelo Lula era a "picanha" e do Bolsonaro era "defesa da família", propostas que não são sérias e nem deveriam levar um cidadão a votar em alguém. Esses líderes nunca tiveram coerência em seus mandatos e não cumpriram as promessas feitas anteriormente. Porém, souberam atuar nas carências da população e obter o apoio necessário para se manterem no poder e nas grandes mídias.

Esse populismo tão exagerado continuou movimentando nossas votações. Pablo Marçal, nas eleições de 2024 para prefeito de São Paulo, desempenhou esse papel de forma sublime, com propostas sem lógica e uma estratégia nas redes sociais para alavancar sua campanha através de cortes de suas mentiras e exageros, sem atacar os verdadeiros problemas da população brasileira. Logo, em pouco tempo, pegou para si os holofotes que um dia foram de Jair Bolsonaro.

Pablo Marçal, foto de Roberto Sungi.

A questão que quero alertar por meio deste texto é que a população, infelizmente, peca em demasia e não entende de forma clara as consequências das decisões tomadas para o país. Compreender que a economia é algo primordial para o sucesso de uma nação deveria ser algo básico, mas milhões perderam seu tempo lutando uma batalha falsa, seja nas redes sociais ou nas ruas, que nunca resolveria os verdadeiros problemas do trabalhador brasileiro. No entanto, não é culpa exclusivamente das pessoas; a educação brasileira é "craque" nisso, em pegar conteúdos necessários e ignorá-los, transformando as pessoas em analfabetas funcionais, que servem apenas para eleger indivíduos sem o mínimo de preparo.

Quando digo que a educação brasileira é de má qualidade, não quero, de forma alguma, culpar apenas os professores e demais profissionais que trabalham nas escolas. Na verdade, eles têm uma parcela mínima de responsabilidade diante do processo de sucateamento do nosso sistema educacional. A verdadeira culpa por essa "formação fraca" recai sobre aqueles que gerenciam os investimentos em educação. Ao longo do tempo, tanto em governos de esquerda quanto de direita no Brasil, houve pouco interesse em melhorar a qualidade desse serviço essencial para o desenvolvimento de uma nação.

Para se ter uma ideia, o investimento na educação superior é muito maior do que o destinado ao ensino básico, o que afeta diretamente as classes com menor poder aquisitivo. Essas são as que mais dependem do ensino público nos primeiros anos escolares. Dessa forma, cria-se uma parte da sociedade que não consegue acessar o conhecimento de forma ampla, incluindo a compreensão dos trâmites da política nacional e da geopolítica. Além disso, muitos, por necessidade financeira, acabam optando por arranjar um emprego em vez de concluir a educação básica. Nesse contexto, surge, por meio de políticas populistas, uma suposta "salvação": o chamado "pé de meia", um auxílio-estudo para o ensino médio, em que o aluno recebe dinheiro para estudar, sendo esse custo bancado pela grande massa de trabalhadores.

Camilo Santana, criador do projeto "Pé de meia", junto com Lula, foto por Claudio Kbene.

E, como toda pauta populista (sim, estou me repetindo), os resultados tendem a ser ineficientes. Na minha visão, isso é praticamente um atestado de que a educação brasileira está em declínio. Há inúmeras áreas a serem melhoradas no sistema educacional: desde a qualidade da alimentação oferecida aos alunos até os materiais didáticos, planos pedagógicos e a implementação de aulas experimentais e dinâmicas que despertem o interesse dos estudantes. Certamente, o melhor caminho não é pagar alguém simplesmente para assistir às aulas. Será que os professores são tão ruins que os alunos precisem ser pagos para participar das aulas? Brincadeiras à parte, essa é a impressão que uma proposta como essa pode causar. Além disso, vale lembrar que o custo estimado dessa medida é de 8 bilhões de reais dos cofres públicos anualmente. Tenho certeza de que esse montante poderia ser utilizado de forma muito mais eficiente para transformar a educação de maneira significativa.

No entanto, sabemos que esse projeto não foi elaborado com as melhores intenções. Ou alguém duvida que ele será usado como uma ferramenta de campanha pelo atual governo Lula na próxima eleição? Os beneficiados certamente irão associar sua espoliação legal*³ à qualidade do governo que a proporcionou, da mesma forma que Jair Bolsonaro tentou, sem sucesso, capitalizar politicamente com o Auxílio Brasil nos últimos anos de sua gestão.

A crise do debate público reflete exatamente isso: projetos populistas sem estudos de impacto, uma economia debilitada e uma educação de má qualidade que não prepara as pessoas para compreender o básico sobre tributação e política. O resultado é a polarização em torno de duas torcidas que, em vez de se preocuparem verdadeiramente com os problemas do país, se deixam levar por discursos fáceis e falaciosos.
Charge por Diego Novaes

Infelizmente, não tenho soluções abrangentes para o nível nacional. Contudo, se posso dar uma dica para quem leu até aqui e deseja escapar dessas amarras ideológicas e debates sem fundamento, é esta: leia, e leia muito. Estude os temas mais relevantes do momento de maneira séria e crítica, buscando compreender os impactos reais de decisões e projetos, tanto os visíveis quanto os mais profundos e menos aparentes.

Acima de tudo, não se torne uma marionete de nenhum político. Desenvolva suas próprias visões e, nas próximas eleições, apoie de forma consciente e fundamentada.

Alguns livros da minha estante.

A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto.
                                                                                        -Ribeiro, Darcy.


Fontes:
https://mercadopopular.org/nota-de-politicas-publicas/como-as-universidades-publicas-no-brasil-perpetuam-a-desigualdade-de-renda-fatos-dados-e-solucoes/
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/fim-do-bolsa-familia-e-comeco-do-auxilio-brasil-como-fica-agora/
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/opiniao/colunistas/inacio-aguiar/programa-de-bolsa-para-estudantes-deve-se-chamar-pe-de-meia-e-custar-ate-r- 8-bilhoes-por-ano-1.3449186
https://dollarbill.com.br/p/02-12-2024

Bibliografia:
¹Burocracia, Mises, 1944.
²O que se vê e o que não se vê, Bastiat, 1850.
³A Lei, Bastiat, 1850.








domingo, 29 de setembro de 2024

Bolhas de difícil penetração.


Mais uma semana e mais um domingo com a análise de algum cenário do nosso cotidiano.

Em poucos dias, votaremos nos futuros representantes de nossas cidades. É uma época marcada por brigas nas ruas, onde os políticos se tornam ídolos da torcida, torcida essa que financia diretamente fulanos e ciclanos para exercerem tais cargas. Com esse contexto, começo o post de hoje com a seguinte pergunta: você está em uma bolha?

POLÍTICOS JOGANDO BOLA (IMAGEM FEITA POR IA)
Pelas ruas de Fortaleza, assim como em todo o país, seguem sendo comuns as passagens de campanhas de determinados candidatos, onde se reúnem milhares de pessoas que dedicam seu tempo à candidatura de seu político favorito, que muitas vezes possui caráter extremamente duvidoso. Essas mesmas pessoas, que colocam tais políticos em pedestais, muitas vezes permanecem em bolhas de difícil penetração, em que o simples ato de questionar esses políticos se torna tão ofensivo quanto um xingamento a um familiar. Preocupa-me pensar como a mente humana consegue criar laços de forma quase religiosa com tais pessoas, principalmente depois do boom dos últimos 10 anos.

PRESIDENTE DILMA CHORANDO (IMAGEM FEITA POR IA)

Recapitulando os últimos dez anos: a queda do PT com o impeachment de Dilma, o surgimento da direita comandada por Bolsonaro, ele se tornou presidente, Lula preso, Bolsonaro ganhando eleito em tempo recorde durante a pandemia, e, depois de alguns anos, Lula assumindo o poder novamente.

Esse recorte resume um Brasil como um giro de 360 ​​graus, retornando ao que estava inicialmente. Porém, com um novo revés: uma polarização massiva de extremismos.

Com a recente polarização no país, vimos as brigas de torcedores transformarem debates inicialmente interessantes em slogans simplistas. Quem nunca jogou "A direita quer matar os pobres" ou "A esquerda só quer defender bandidos"? Ambas representam ideologias diferentes, mas com o mesmo modus operandi. Esse reducionismo atrapalha qualquer nível de inteligência nos debates, pois vence quem tem a maior torcida, quem consegue mobilizar melhor as massas, sejam elas minorias ou grupos religiosos. No fundo, o que está em jogo é a quantidade de apaixonados por determinada figura.

Ao assistir a qualquer debate entre os candidatos nas cidades brasileiras, percebemos que ainda conseguem reduzir o nível e transformar algo sério e respeitoso em algo infantil. Em São Paulo, a cidade mais importante do Brasil, posso observar um compromisso ainda menor com propostas e projetos; a "cadeirada" resume melhor tudo que eu poderia dizer.

 TV CULTURA

Vale salientar que, antes da cadeirada, Marçal acusou Datena de violência sexual, algo do qual foi judicialmente inocentado. Os candidatos à prefeitura tumultuaram todos os debates, seja com agressões verbais ou físicas, fazendo vídeos para cortes em redes sociais, sem realmente exporem os motivos pelos quais mereçam os votos, além de suas coligações e frases de impacto. Descobriram muito cedo o que a população gostaria de ver nos debates, pois temas complexos pouco cativaram a população em geral, que agora veem na política uma nova forma de espetáculo.

Voltando a falar de forma mais ampla, dentro desses debates, quem perde é o eleitor, que se torna tão bestializado ao ponto de arranjar brigas com amigos e familiares defendendo seus políticos, tratando-os como ídolos de seus tempos. Entrar em debates com pessoas ideologicamente atrofiadas é uma experiência verdadeiramente lamentável, pois não há abertura para novas ideias; não há como analisar a coerência de nada, e a conversa se torna uma disputa de papagaio de quem grita mais alto ou xinga mais pesado.

Digo isso porque, recentemente, me envolvi em uma discussão em que o principal argumento do meu opositor era que eu seria um "pobre fudido fracassado" e que eu deveria agradecer a política do espectro dele, se não nem vivo eu estaria. Tudo isso vem de alguém que não entende nada sobre assuntos políticos e reduz tudo a slogans. Essa experiência, de certa forma, me abriu os olhos sobre aquela pessoa específica, mas lamento muito que a carência dela seja suprida com o ad hominem mais baixo.

CRIANÇA CHORANDO(IMAGEM FEITA POR IA)

A dificuldade de furar barreiras para um diálogo saudável é extrema quando se trata de alienados políticos, pessoas que, infelizmente, não aceitam opiniões diferentes e se fecham em uma bolha artificial que gera conforto. Para essas pessoas, seus candidatos são santificados ao ponto de não serem vistos como humanos, e, portanto, precisam ser defendidos com fervor por sua legião de fãs.

Uma mente aberta transforma conversas simples de bar em diálogos verdadeiros e libertadores. Claro que nem todos oferecem romper sua própria visão, pois a aprovação de determinados grupos os mantém relevantes; porém, o esforço ainda se torna necessário, seja para incomodar ou para denunciar o quão ruim aquela postura é, comparando-a a alguém tão infantil quanto uma criança chorando por não ganhar o brinquedo que deseja.

Se deixo um recado para quem ler até o final: não se venda ao mais fácil. Proponha-se a questionar tudo e entenda bem o que você representa e o que você é contra. Não seja mais uma marionete da política; estudo ao máximo sobre seus temas. Quando tiver diante de um debate, não seja o primeiro a brigar, mostre sua capacidade em argumentar e entender o outro lado, só use de linguagem agressiva quando passar do controle primeiro, mas nunca impute crimes e nem use familiares ou a honra de alguém como motivo para chacota, seja homem e defenda suas ideias com respeito.

Obrigado pela leitura e boa semana.



"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original".  

-Alberto Einstein

domingo, 22 de setembro de 2024

Toda ideia precisa de um inicio.

Toda ideia precisa de um inicio.

Bem, para abrir um site e voltar a escrever em um blog tive que pensar bastante em como fazer isso, já que recentemente meu tempo anda escasso. Acabei decidindo arranjar um local onde eu colocasse toda minha mente para fora nos momentos mais oportunos do dia, seja para aliviar o estresse ou pra alguém ser afetado positivamente de alguma forma pelos meus textos.

Por ser o primeiro, mais gostaria de refletir sobre a capacidade de subestimarmos nós mesmos. Não me entendo mal, não estou vindo aqui com papo treinador passando a fórmula secreta do destravar mental, risos, mas na verdade pensar sobre os motivos que fazem nossa mente trabalhar de forma negativa. Escolhi esse tema por causa do mês que estamos, sempre nessa época do ano me cerco de pensamentos em relação a esses assuntos.

Dentro do ensino médio conheci diversas pessoas inseguras, seja com o corpo ou com sua própria capacidade intelectual, tipo, as pessoas regularmente se autodepreciavam por causa das notas escolares, que diga-se de passagem, era o terror iminente. Essas pessoas, por falta de bons exemplos, acabaram fazendo uma famosa tempestade em copo d'água, pegando pequenos detalhes de suas vidas e se transformando em um “suicídio mental”, que de certa forma, ajudaram-nas a se enturmarem dentro dos círculos de salas de aula . Tais círculos, apelido de sociedade autodepreciativa, algo comum em nosso século.

As ditas sociedades depreciativas atingem pontos, pois essa cultura enraizada nos jovens atuais o atrapalham diariamente nas suas redes de amizades e nos seus objetivos, sejam vários eles escolares ou profissionais.

Um exemplo recente que tive, foi numa entrevista de emprego, neste dia eu fiquei bastante aliviado por essa oportunidade ter aparecido, pois eu queria muito iniciar novamente num ramo administrativo. Na entrevista, eu notei repetidamente gestos e falas de pessoas com uma timidez notória vinda dos participantes, mesmo que na aparência e repertório eram pessoas razoáveis ​​para lidar com as perguntas feitas, porém o calor do momento as pessoas fizeram com dificuldade de se apresentar para o possível novo emprego. Essas pessoas eram jovens, passaram pelo ensino médio a pouco tempo, logo notei que se tratavam do próximo passo daquelas mesmas pessoas que tinham vergonha de si por não alcançarem aquelas notas devidas. A sociedade autodepreciativa trabalha diariamente para sentir vergonha de nós mesmos pelos erros, fazendo uma bolha de pessoas com dificuldades que antes de buscar seus pontos fortes e melhorar os fracos, acaba cedendo para outras pessoas com o mesmo problema e formando assim, um looping de depressão.

Esse looping me preocupa sinceramente, pois essas mesmas pessoas futuramente por consequência do tempo, irão ter filhos e trabalhar ativamente para a sociedade em diversas cargas, tendo uma importância crucial no futuro da humanidade. Essa cultura, além de nociva no mental e nas relações de convívio, provavelmente trará pessoas a falência, pois quem odeia a si mesmo por que se abriria a novos temas? por que fazer entrevistas se fracassará por timidez? pra que viver se ninguém presta atenção nelas?

São pensamentos como os citados acima que levam pessoas boas e promessas a destruição total, pois por se alimentarem de circos de depredação acabam formando um algoz de si próprio, fazendo com que as coisas boas da vida percam valores e suas qualidades se tornem escondidas.

Tenho certeza de que você leitor, conhece uma história de algum amigo que por inseguranças acabou um relacionamento amoroso promissor, ou algum colega de trabalho que por ser tímido perdeu chances de crescer dentro da empresa, entre outros. São histórias comuns assim que acabam tendo consequências negativas do que os fatos em si de suas falhas. Quando tive contato com histórias semelhantes tive enorme dificuldade de conseguir conciliar meus pensamentos e ajudar a pessoa sair disso, pois como reafirmei algumas vezes no texto, essa prisão causa certa zona de conforto, logo qualquer tentativa de alguém de fora ajudar, acaba sendo uma ameaça a sua forma de viver e lidar com as dificuldades. Acredito que a melhor forma de ajudar seja conectar essa pessoa pelos hobbies dela, é termos comuns mais auto estima quando conversamos sobre coisas que sabemos e queremos conversar, logo pode ser uma ferramenta para furar a bolha e aos poucos que sabem, levar essa pessoa para um caminho de autoconhecimento e valorização de si mesmo.

Finalizo por aqui o texto, espero que de alguma forma tenha transmitido uma reflexão interessante, e também espero que consiga de alguma forma lutar contra os problemas que citei e ajudar alguém que passa por essa situação. Não tenho conhecimento aprofundado do assunto, então se alguém com mais aprofundamentos em temas psicológicos quiser conversar ou agregar, sinta-se a vontade.


Obrigado pela leitura. Até a próxima.